Recomendação do Bloco sobre a Feira do Livro de Braga, aplaudida por toda a oposição, que a maioria "dita" socialista chumbou.
Tendo-se iniciado timidamente em 1992, afirmou-se pioneira quer quanto à sua realização em recinto coberto, quer quanto a uma programação cultural paralela até então invulgar em iniciativas do género.
A presença de grandes nomes da literatura, da arte e da cultura portuguesa e europeia (basta lembrar os nomes de J. Derrida e M. Vazquez Montalban, de Serge Reggianni e de Paco Ibañez), a que não é alheio o papel desempenhado por José Manuel Mendes, proporcionou a realização de sessões, debates e espectáculos de grande qualidade, que atraíram numeroso e interessado público e deram grande visibilidade ao certame.
Tal facto reflectiu-se na presença das principais editoras portuguesas em pavilhões próprios, que traziam milhares de títulos, com as suas últimas novidades literárias, bem como fundos bibliográficos menos acessíveis, que chamavam milhares de visitantes.
De referir ainda a forte presença de livrarias e editores minhotos que bem precisam de dar-se a conhecer, bem como dos sempre apetecíveis alfarrabistas.
Infelizmente nos últimos anos a Feira foi perdendo importância e capacidade de atracção. O número de expositores, também devido aos custos de aluguer dos pavilhões e da ocupação do espaço, diminuiu em quantidade e qualidade o que, aliado à distância do Pavilhão do(s) centro(s) da cidade e a alguma falta de condições do recinto (os expositores e visitantes queixavam-se sobretudo do frio), fez diminuir drasticamente a afluência do público. O próprio programa cultural, ex-libris da Feira, embora mantendo alguma qualidade, foi perdendo o fulgor que o tinha caracterizado, sendo cada vez mais raras as figuras de renome que participavam nos debates, colóquios e lançamentos de livros, alegadamente por falta de investimento municipal nesta manifestação cultural, dado que o Ministério da Cultura, de há uns anos a esta parte, deixou de a apoiar.
Citando Alexandre O’Neill, estávamos a ficar perante uma feira cabisbaixa.
Trazer o livro para a rua, em Braga, significa pô-lo em contacto mais direto e imediato com as pessoas, em local central, que a população frequente e de que possa usufruir livremente.
Trazer o livro para a rua significa também que se continuem a realizar actividades culturais paralelas no espaço circundante, utilizando espaços de diversas instituições como o Museu Nogueira da Silva, a Casa do Professor, o Inatel e o Edifício dos Congregados (que possuem auditórios), recorrendo aos cafés e esplanadas da zona, às livrarias, ao Coreto da Avenida (para recitais de poesia ou iniciativas com crianças) e mesmo ao Teatro Circo, para o espectáculo musical que costuma assinalar o início da Feira.
Trazer o livro para a rua é fazer uma festa do livro, envolvendo toda a população e agentes culturais e, simultaneamente, atraindo visitantes e turistas para quem o livro é essencial ou procurando seduzir para um primeiro contacto aqueles que mal o conhecem.
Através da comunicação social ficamos a saber que a próxima Feira do Livro de Braga, a realizar em Abril, durará menos uma semana do que era habitual.
Tal notícia deverá preocupar os bracarenses.
Durante anos, a Feira do Livro foi a mais importante e visível manifestação cultural desta cidade, tendo servido mesmo de pretexto para iludir a inexistência de uma política cultural municipal consistente e credível.
Tendo-se iniciado timidamente em 1992, afirmou-se pioneira quer quanto à sua realização em recinto coberto, quer quanto a uma programação cultural paralela até então invulgar em iniciativas do género.
A presença de grandes nomes da literatura, da arte e da cultura portuguesa e europeia (basta lembrar os nomes de J. Derrida e M. Vazquez Montalban, de Serge Reggianni e de Paco Ibañez), a que não é alheio o papel desempenhado por José Manuel Mendes, proporcionou a realização de sessões, debates e espectáculos de grande qualidade, que atraíram numeroso e interessado público e deram grande visibilidade ao certame.
Tal facto reflectiu-se na presença das principais editoras portuguesas em pavilhões próprios, que traziam milhares de títulos, com as suas últimas novidades literárias, bem como fundos bibliográficos menos acessíveis, que chamavam milhares de visitantes.
De referir ainda a forte presença de livrarias e editores minhotos que bem precisam de dar-se a conhecer, bem como dos sempre apetecíveis alfarrabistas.
Infelizmente nos últimos anos a Feira foi perdendo importância e capacidade de atracção. O número de expositores, também devido aos custos de aluguer dos pavilhões e da ocupação do espaço, diminuiu em quantidade e qualidade o que, aliado à distância do Pavilhão do(s) centro(s) da cidade e a alguma falta de condições do recinto (os expositores e visitantes queixavam-se sobretudo do frio), fez diminuir drasticamente a afluência do público. O próprio programa cultural, ex-libris da Feira, embora mantendo alguma qualidade, foi perdendo o fulgor que o tinha caracterizado, sendo cada vez mais raras as figuras de renome que participavam nos debates, colóquios e lançamentos de livros, alegadamente por falta de investimento municipal nesta manifestação cultural, dado que o Ministério da Cultura, de há uns anos a esta parte, deixou de a apoiar.
Citando Alexandre O’Neill, estávamos a ficar perante uma feira cabisbaixa.
Afastados que estão os principais mentores da F.L. (Jorge Cruz e José Manuel Mendes), achamos que é altura de inflectir esta situação e trazer o livro para a rua.
Em Portugal editam-se mais de 15 mil títulos por ano, as redes de bibliotecas públicas e escolares constituem um sucesso indiscutível, o Plano Nacional de Leitura tem promovido o livro e a leitura, sobretudo junto dos mais jovens, como nunca se tinha verificado no nosso país, os hábitos de leitura estão a aumentar.
Trazer o livro para a rua, em Braga, significa pô-lo em contacto mais direto e imediato com as pessoas, em local central, que a população frequente e de que possa usufruir livremente.
Trazer o livro para a rua significa realizar uma Feira do Livro ao ar livre, na Avenida Central, recorrendo às tradicionais barracas (ou erguendo uma ou várias tendas), no princípio do Verão, procurando que não coincida com as F.L. do Porto e Lisboa.
Trazer o livro para a rua significa também que se continuem a realizar actividades culturais paralelas no espaço circundante, utilizando espaços de diversas instituições como o Museu Nogueira da Silva, a Casa do Professor, o Inatel e o Edifício dos Congregados (que possuem auditórios), recorrendo aos cafés e esplanadas da zona, às livrarias, ao Coreto da Avenida (para recitais de poesia ou iniciativas com crianças) e mesmo ao Teatro Circo, para o espectáculo musical que costuma assinalar o início da Feira.
Trazer o livro para a rua é fazer uma festa do livro, envolvendo toda a população e agentes culturais e, simultaneamente, atraindo visitantes e turistas para quem o livro é essencial ou procurando seduzir para um primeiro contacto aqueles que mal o conhecem.
Posto isto, o Grupo Municipal do Bloco de Esquerda, apresentou a seguinte Recomendação na última Assembleia Municipal:
Recomendação
Dada a perda de importância e de capacidade de atracção que as últimas edições da feira do Livro de Braga vêm evidenciando
Dada a necessidade de se inverter esta situação de forma a reconciliar a população de Braga e os seus visitantes com uma Feira que promova e estimule os hábitos de leitura
A Assembleia Municipal de Braga, reunida a 26 de Fevereiro de 2010, recomenda à Câmara Municipal de Braga que:
1- A edição de 2011 da feira do Livro de Braga seja realizada ao ar livre, na Avenida Central,
Dada a necessidade de se inverter esta situação de forma a reconciliar a população de Braga e os seus visitantes com uma Feira que promova e estimule os hábitos de leitura
A Assembleia Municipal de Braga, reunida a 26 de Fevereiro de 2010, recomenda à Câmara Municipal de Braga que:
1- A edição de 2011 da feira do Livro de Braga seja realizada ao ar livre, na Avenida Central,
2- A edição de 2011 da Feira do Livro de Braga promova iniciativas paralelas que envolvam as instituições situadas nas proximidades da Avenida Central, cmo o Museu Nogueira da Silva, a Casa do Professor, o Inatel, o Pólo do Congregados da Universidade do Minho.
3- A edição de 2011 da Feira do Livro de Braga promova iniciativas paralelas que envolvam o espaço dos cafés, das esplanadas, do coreto e do Teatro Circo.
O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda
O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda
Por sua vez, "Bracara Angústia" dedica "Liberdade" ao Grupo Municipal do Partido Socialista
"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
Fernando Pessoa, Liberdade
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
Fernando Pessoa, Liberdade
2 comentários:
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