Os acidentes são tantos que já está em curso a constituição de uma associação dos automobilistas que sofreram acidentes na denominada curva do Feira Nova. O seu primeiro objectivo será avançar com uma acção em tribunal.
Braga- As autoridades não têm quantificados os acidentes (ou não revelam) que ocorrem na denominada curva do Feira Nova, avenida Padre Júlio Fragata, circular de Braga, mas os moradores dos prédios circundantes dizem que, em dias de chuva, chegam a ultrapassar as duas dezenas. Uma aluna da Universidade do Minho venceu um prémio, no âmbito da Prevenção Rodoviária, incidindo a sua investigação neste "ponto negro", que é a curva mais perigosa de Braga e descobriu que as causas para tão grande número de sinistros estão identificadas, mas tardam a ser aplicadas medidas que solucionem o problema.
"Uma das principais causas para os sinistros, muito apontada pelos responsáveis entrevistados e constatada no estudo observacional, é o excesso de velocidade a que os automobilistas circulam. Das medidas apontadas pelos entrevistados e das que nos parecem mais eficazes para controlar o problema dos acidentes na zona, destacamos a colocação de radares de controlo de velocidade em toda a avenida, como forma de impedir o excesso de velocidade que é a grande causa dos acidentes (sobretudo os mais graves) naquela e noutras zonas do país", lê-se nas conclusões do estudo de Maria Adriana Carvalho.
Só que a grande parte dos condutores acidentados naquela curva garante que a velocidade não foi a causa fundamental do acidente. "A minha mulher vinha a 50 quilómetros/hora. A curva apresenta uma inclinação normal, até certa altura, em que fica, subitamente, ao contrário. Quando chove mais forma-se um lençol e para ali são arrastados detritos, óleo e folhas que provocam os despistes", afirma José Gonçalves, um dos impulsionadores da constituição do movimento. "Os cidadãos deviam mover-se e cortar a estrada, porque aquilo é uma aberração. Se não fizermos nada vai morrer ali alguém. As autoridades não fazem nada", resume este bracarense que viu a mulher despistar-se no local, seguindo-se o capotamento do carro em que seguia. Pelas razões que alega, José Gonçalves pretende avançar com uma acção em tribunal. Também Nuno Matias revelava descontentamento, após ter embatido num suporte de um pórtico, em aresta viva, que existe no sentido descendente.
Aquando da elaboração do estudo, a aluna Maria Adriana Carvalho, do mestrado em Educação para a Saúde, da UMinho detectou "a deficiente construção da curva (inclinação contrária e muito fechada); "A curva tem "um ligeiro defeito, é muito apertada e (simultaneamente) propícia a altas velocidades, o que provoca acidentes; O piso escorregadio, supostamente devido à acumulação de combustível proveniente do abastecimento dos carros junto a uma bomba de gasolina próxima".
PEDRO VILA-CHÃ - in: JN
Braga- As autoridades não têm quantificados os acidentes (ou não revelam) que ocorrem na denominada curva do Feira Nova, avenida Padre Júlio Fragata, circular de Braga, mas os moradores dos prédios circundantes dizem que, em dias de chuva, chegam a ultrapassar as duas dezenas. Uma aluna da Universidade do Minho venceu um prémio, no âmbito da Prevenção Rodoviária, incidindo a sua investigação neste "ponto negro", que é a curva mais perigosa de Braga e descobriu que as causas para tão grande número de sinistros estão identificadas, mas tardam a ser aplicadas medidas que solucionem o problema.
"Uma das principais causas para os sinistros, muito apontada pelos responsáveis entrevistados e constatada no estudo observacional, é o excesso de velocidade a que os automobilistas circulam. Das medidas apontadas pelos entrevistados e das que nos parecem mais eficazes para controlar o problema dos acidentes na zona, destacamos a colocação de radares de controlo de velocidade em toda a avenida, como forma de impedir o excesso de velocidade que é a grande causa dos acidentes (sobretudo os mais graves) naquela e noutras zonas do país", lê-se nas conclusões do estudo de Maria Adriana Carvalho.
Só que a grande parte dos condutores acidentados naquela curva garante que a velocidade não foi a causa fundamental do acidente. "A minha mulher vinha a 50 quilómetros/hora. A curva apresenta uma inclinação normal, até certa altura, em que fica, subitamente, ao contrário. Quando chove mais forma-se um lençol e para ali são arrastados detritos, óleo e folhas que provocam os despistes", afirma José Gonçalves, um dos impulsionadores da constituição do movimento. "Os cidadãos deviam mover-se e cortar a estrada, porque aquilo é uma aberração. Se não fizermos nada vai morrer ali alguém. As autoridades não fazem nada", resume este bracarense que viu a mulher despistar-se no local, seguindo-se o capotamento do carro em que seguia. Pelas razões que alega, José Gonçalves pretende avançar com uma acção em tribunal. Também Nuno Matias revelava descontentamento, após ter embatido num suporte de um pórtico, em aresta viva, que existe no sentido descendente.
Aquando da elaboração do estudo, a aluna Maria Adriana Carvalho, do mestrado em Educação para a Saúde, da UMinho detectou "a deficiente construção da curva (inclinação contrária e muito fechada); "A curva tem "um ligeiro defeito, é muito apertada e (simultaneamente) propícia a altas velocidades, o que provoca acidentes; O piso escorregadio, supostamente devido à acumulação de combustível proveniente do abastecimento dos carros junto a uma bomba de gasolina próxima".
PEDRO VILA-CHÃ - in: JN
1 comentário:
Também tive um acidente nesta curva, e garanto que excesso de velocidade Não foi.. (enquanto chegava a ambulância só aconteceram lá mais 2 acidentes..)
Gostava de saber o contacto do referido movimento para me juntar ao mesmo.. caso alguém saiba gostava de ser contactado através do meu email (COST@NET.SAPO.PT)
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