Reina o silêncio (propositado?) em torno do futuro do Salão ou Bar Egípcio, situado no edifício setecentista da Rua do Souto, nº 9.
Terá a autarquia a sensibilidade e a vontade política, necessárias para promover a sua valorização, ou está à espera que a humidade apague de uma vez por todas as pinturas existentes nas paredes do referido salão, justificando por isso a sua transformação e pó e escombros?
Terá a autarquia a sensibilidade e a vontade política, necessárias para promover a sua valorização, ou está à espera que a humidade apague de uma vez por todas as pinturas existentes nas paredes do referido salão, justificando por isso a sua transformação e pó e escombros?
5 comentários:
O salão egípico pode não ser alvo que historicamente tenha uma cronologia antiga, contudo, a sua riqueza artística e decorativa são singulares em Braga. Este património merece melhor destino do que ser enclausurado em quatro paredes húmidas e debaixo de um tecto pronto a desabar.
Espera-se que haja uma vontade de proteger...mas que fantástica oportunidade para dar a conhecer este património aos bracarenses e fazer daquele sítio um ex-libris turístico.
O que falta fazer??? Há que contrariar os mandatários de Braga que preconizam prédios e estruturas comerciais em deterimento das estruturas culturais. É que sem os contariar, vai acontecer o mesmo que aconteceu à fantástica sala do Antigo Atheneu Comercial, na Rua do Chãos...vem abaixo e soterra umas vidas humanas.
É uma decisão de armas!!!
É uma decisão de armas...e tomates! Mesquita Machado resolveu mal a Grande Equação em termos do desenvolvimento que se colocou a Braga em Dezembro de 76. Como simultâneamente introduzir hábitos de higiene e saneamento público e ao mesmo tempo desenterrar e revalorizar a Bracara de profundis ?
Braga industrial e cimenteira ou Braga turística e cultural ? Mesquita foi cooptado e cooptou com as forças vivas da altura. Não teve a arte e o engenho de sobrepor a tudo isto uma Ideia em que se harmonizassem os aspectos básicos da sobrevivência com os interesses de uma Braga que foi sempre colocada em segundo lugar, quantas vezes destruída ou abandonada. Hoje temos a Braga dos Centros Comerciais, dos túneis e dos viadutos, que impera sobre tudo o resto, amortalhado ou em cinzas.Ou como no caso do Bar Egípcio à espera de uma intervenção que tarda.
Ho Zé;
És o maior, lembras-te sempre das coisas que escapam aos outros mortais. A propósito no dia 24/12 não vou estar em frente ao Salão Arabe, mas sim em frente das ruinas do Imperador " O Feliz".
Abç
Para o bem e para o mal, esta é a Braga que temos. Infelizmente as forças vivas que brotaram do pós 25 de abril não foram as que Braga precisava.
Ninguém pensou a cidade, todos foram improvisando e deixando ao critério alheio a delineação do que hoje é a Cidade de Braga.
Se tivesse havido gente competente na cidade para em 76, nos anos 80 e nos 90, pensar a cidade de acordo com os desafios que então se colocavam e com uma estratégia urbanística a longo prazo, poderia existir hoje duas cidades numa só. Poderíamos ter agora uma cidade que conjuga-se a mais valia de Bracara Augusta com toda a história medieval, renascentista e moderna; e uma cidade nova, pujante e cosmopotlita, adjacente ao núcleo histórico.
Se Braga tivesse sido pensada, essa cidade nova, teria sido desenhada com avenidas e parques e com áreas comerciais e industrias pensadas de raiz. Com sistemas integrados de transportes que respondessem às reais necessidades da população.
Poderiamos ter tido uma cidade que crescesse em altura, mas com espaço entre prédios, com ruas amplas, ao exemplo do que se fez e se faz em muitas cidades de espanha.
Infelizmente a tacanhez, mesquinhez, incompetência, arrogância e ganância dos senhores de abril que mandaram na cidade desde 76 roubou todas as hipótese de Bracara poder ser outra vez Augusta.
Vicente
Braga cresceu, mas não se desenvolveu.
O tempo que passou, já não volta, e os responsáveis sempre prontos a sacudirem a água para trás do capote.
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