Pelo que conheço da actividade política de Miguel Brito, sempre nutri certa admiração pessoal por ele, principalmente pela coragem com que enfrentou e defendeu determinados dossiês, apesar de politicamente estarmos longe de perfilhar a mesma ideologia.
Miguel Brito, há 9 anos a esta parte, teve a coragem de denunciar à justiça, uma alegada existência de enriquecimentos ilícitos traduzidos em «sinais exteriores de riqueza» por parte de Mesquita e de alguns funcionários da Câmara.
Em Julho do ano passado, mantinha este tipo de denúncias, questionando mesmo, o facto do inquérito estar aparentemente parado.
Após ter perdido as eleições para a concelhia do CDS/PP, manifestou interesse em manter-se na política activa, mesmo através da participação na lista da coligação “Juntos por Braga”, como independente. Simultaneamente, numa espécie de pura chantagem sobre a referida coligação, não enjeitou a hipótese de encabeçar uma lista de independentes à CMB.
Miguel Brito, sempre defendeu que a derrota de MM, passaria pela união dos eleitores em torno da coligação “juntos por Braga”, tendo para tal, trabalhado afincadamente no projecto durante os últimos 5 anos. Esta união de forças políticas, é vista como a única forma de evitar a dispersão dos votos que só beneficia quem está no poder.
A ser verdade esta candidatura, que é característica dos ressabiados da política (uns até formam partidos novos), não deixa de constituir uma atitude de pura vingança por parte de Miguel Brito, mostrando estar disposto a destruir tudo o que ele próprio ajudou a construir. Mesquita Machado agradece.
Será que o suposto apoio do PS Braga a esta evental candidatura, envolve como moeda de troca, o silenciamento das denúncias efectuadas, sobre da famosa fortuna de Mesquita Machado? Tudo isto em troca de quê? O futuro o dirá.
Os verdadeiros bracarenses podem trocar os bês pelos vês, mas não trocam a honra por nada deste mundo. Ou será que o Dr Miguel Brito passou para o grupo dos que defendem que em política tudo tem o seu preço?
Mário Soares também meteu o socialismo na gaveta, alegando que só os burros é que não mudam.
É caso para perguntar ao candidato a candidato: e os burros somos nós?