12 janeiro, 2009

Balada da névoa

Batem leve, levemente,
sempre que chamam por mim,
será a política? será gente?
gente não é, certamente
e a política não se faz assim

É talvez a Democracia,
mas há pouco, há poucochinho.
é palavra proibida,
na cinzenta melancolia,
dos Paços do Município...

Quem voa, assim, levemente,
com tão estranha certeza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é política, nem é gente,
nem é santo, com certeza.

Fui ver. A corrupção crescia,
nem uma névoa, no azul do céu.
O PDM profanaria...
há tanto tráfico de influência!
E que destino, Deus nos deu!

Vejo-o através da vidraça.
Lá vai ele, olhando em frente.
O empreiteiro, quando passa,
os passos imprime e traça
as decisões do presidente



In: Florbela! espanca-os

4 comentários:

Anónimo disse...

Espanca-os! Numa noite de nevoeiro, na quase extinta encosta da Falperra.

Anibal Duarte Corrécio disse...

Empreiteiros e Políticos sempre, sempre ao lado do Povo! Grande Poeta é Zé de Braga !

dumemartinho disse...

Caro Zé;
Nem o poeta Puga, diria melhor

Anónimo disse...

O Zé tem andado muito calado...
Já sei que lhe puxaram as orelhas e as postagens têm autosensura prévia.
Estamos apreensivos com a postura do Zé e demais membros do Bloco.