24 maio, 2010

Tributo a Ademar Ferreira dos Santos

Calou-se mais uma voz incómoda.
O desaparecimento súbito de Ademar Ferreira dos Santos, homem de valores e convicções, deixou mais pobre a blogosfera bracarense.
Ao professor, ao escritor, ao jornalista, ao cidadão. Um exemplo de cidadania, da denúncia da corrupção, da defesa dos valores mais altos da democracia.
Fica aqui a nossa justa e sincera homenagem.
O poema de hoje que o Ademar partilharia com os seus alunos, fica a cargo de cada um de nós.


A sua última postagem no Abnoxio, uma espécie morte anunciada, perante aquilo que apenas ele pressentia, pouco antes de nos deixar.

maio 22, 2010
Informação...
Alguns amigos, estranhando o silêncio, perguntam-me se morri. Não tenho passado bem, mas não morrri. Espero ressuscitar...
A todos, agradeço a preocupação...

Ademar

14 comentários:

S. G. disse...

apesar de não conhecer as pessoas que estão por trás das palavras e da luta, acabo por perceber que se cria um enorme elo de ligação e afinidade com os gostos e com a luta. lia todos os dias.

estou chocado.

paz à sua alma.

António Pereira disse...

Estou sem palavras!

Anónimo disse...

Um abraço!

Sun Iou Miou disse...

Tive o privilégio de o conhecer e de o tratar. Dói abrir o Abnóxio e encontra-lo detido no tempo.

Anibal Duarte Corrécio disse...

Estou arrepiado.

Pensei numa brincadeira de mau gosto quando li um comentário em BragaMaldita...

Frequentava Abnoxio diariamente, e fruía com muito gosto os recortes e os comentários do Ademar.

Certeiros.

Radicais.

Corajosos.

Ademar tinha um sabor muito especial quando abordava a canalha local e súbditos.


Paz. Onde quer que estejas !

Um abraço (e)terno !

Anónimo disse...

“Direi apenas o que os poemas do Ademar fazem comigo, quando os leio. Eu não disse ‘o que fizeram comigo’, no passado. Eu disse o que ‘fazem comigo’, no presente. Porque os poemas são eternamente jovens. Eles são sempre acabados de nascer. Cada nova leitura é como se fosse a primeira. Nisso são iguais aos abraços dos apaixonados: eles nunca se repetem. Cada novo abraço é uma experiência nova de amor. Assim os poemas.” (Rubem Alves)

Anónimo disse...

“Direi apenas o que os poemas do Ademar fazem comigo, quando os leio. Eu não disse ‘o que fizeram comigo’, no passado. Eu disse o que ‘fazem comigo’, no presente. Porque os poemas são eternamente jovens. Eles são sempre acabados de nascer. Cada nova leitura é como se fosse a primeira. Nisso são iguais aos abraços dos apaixonados: eles nunca se repetem. Cada novo abraço é uma experiência nova de amor. Assim os poemas.” (Rubem Alves)

Unknown disse...

Apenas o Bracara Angustia BragaMaldita, deram eco ao triste desaparecimento do homem da cultura,da cidadania, que desafiou o poder instalado, denunciando casos de corrupção, que passados 20 anos constatou-se que é verdade, mas... como de costume estes casos prescreveram.
Mas a memória do Ademar predura em nós.
E vocês, Zé e Aníbal , têm a responsabilidade de perpetuar estes valores, pois o mestre Ademar estará sempre vivo para o povo de Braga e será sempre uma pedra no sapato daqueles que se governaram à custa da corrupção, do neputismo e do tráfico de influênias.

Unknown disse...

Estou pasmado com a insensibilidade dos outros blogueiros ditos defensores da sua cidade de Braga

Anibal Duarte Corrécio disse...

"E vocês, Zé e Aníbal , têm a responsabilidade de perpetuar estes valores, pois o mestre Ademar estará sempre vivo para o povo de Braga e será sempre uma pedra no sapato daqueles que se governaram à custa da corrupção, do neputismo e do tráfico de influênias."

Assim continuaremos João !

Ana Saraiva disse...

O Ademar continua por cá: virei todos os dias visitá-lo, "improvisando"...

Anónimo disse...

Concordo com: "O poema de hoje que o Ademar partilharia com os seus alunos, fica a cargo de cada um de nós.". Eu assim farei.
http://fragmentosdebondade.blogspot.com/

Fátima Pereira disse...

nunca te acomodes ,para que nao morras

foram as palavras do meu prof ademar que lembro para sempre

sempre, sempre professor, amigo
dondigo

Ademar do Além disse...

E eram dois dentes só, dois dentes só. Então as garrafas se abriram em vaga uma vez só, uma vez só...
Puta da vida!