Muito se tem falado e escrito acerca do destino a dar à antiga sala de espectáculos S. Geraldo.
Pois bem, onde menos se espera, ouvem-se notícias que certamente darão que pesnar a qualquer bracarense.
Algures sobre os céus da Europa, enquanto enquanto matava o tédio da viagem com leituras sobre o meu trabalho diário, duas personalidades bracarenses viajavam a meu lado, conversando toda a viagem sobre temas obviamente ligados às suas profissões.
A certa altura, não consegui tapar os ouvidos, quando falaram e discutiram o futuro que está reservado para o S. Geraldo:
- nada mais nada menos que um Silo-auto e, pelo que depreendi da conversa, o projecto está feito e abençoado, faltando acertar apenas alguns pormenores.
A ser verdade, e numa altura em que a CMB diz-se apostada em parques subterrâneos para afastar o trânsito do centro da cidade, este será mais um parque que tem uma única função, a de continuar a chamar mais trânsito para o centro bracarense.
Assim, confirma-se que a cultura não é, nunca foi e nunca será uma paixão deste executivo camarário.
Moral da história:
Por mais longínqua que seja a distância, acabamos por estar sempre bem perto.
9 comentários:
E você pensa que alguma vez haverá gente e vida no centro de Braga enquanto não houver mais trânsito. Advoga mais área pedonal?
Também pensa que Braga é a terceira cidade portuguesa quando administrativa e politicamente não tem a mais pequena importância?
A cultura não é, nunca foi e pelos vistos nunca será uma paixão do povo bracarense.
Cada um tem aquilo porque se bate. Braga perdeu a única Direcção Regional que tinha com uma Câmara da côr do Governo. Em Aveiro, o deputado Candal, presumo que filho daquele outro do lobby gay, gabou-se há dias de já ter sacado para Aveiro quatro DR a Coimbra. Entendem duma vez por todas a diferença?
Bem vindo Zé de Braga ! A cultura é um parente pobre na família de interesses do actual executivo camarário.O Theatro Circo é uma árvore no meio da vegetação e às vezes com uma programação que nos obrigará um dia a pensar...As coisas da cultura encontram-se cadastradas como sendo factos da vida a que se tem de dar atenção, a maior parte das vezes a nivelar por baixo, e consentidas mais que criadas. Sob a lógica eleitoral e com o objectivo argumentativo que a Câmara também se preocupa e dá atenção a essas coisas...Mas como poderia ser de outro modo, quando quem manda anda atrasado e não consegue criativamente desenhar outros figurinos...É sentar à mesa que o farnel cultural...esse vem já a seguir, "pois, como sabemos a gastronomia é também cultura"( servida desta maneira de facto é capaz de deixar de ser,um bocado como aquela situação da Malafaia e da malta que está na missa mas com as narinas a apontar para os tachos)DECIDIDAMENTE NÃO SABEM EMBALAR... !É arranjar umas festanças, outras coisas tão batidas...que muito pouco é o que acontece e o que acontece é em circuito fechado só para meia dúzia de estarolas, uns tipos lunáticos...pois no fundo o que interessam são os edifícios mas o que se passa lá por dentro é pra meis dúzia de doutores da UM ou intelectuais da nossa praça. Falta a EFERVESCÊNCIA de que um dia falou RR, algo que não seja fogo de artíficio mas muito mais, muito mais, muito mais...algo que as pessoas sintam a entrar na vida delas de possante, que as maravilhe e as deixe...no fundo, bem no fundo...a pensar. Um abraço...Maldito !
Há duas opções:
1.Ficamos sentados à espera para ver o que acontece.
2.Revitalizamos o Projecto BragaTempo.
Abraço.
Com o "El Corte" ali perto, até dá jeito, ...não?
Se por acaso passar aqui Mário Sinaleiro,transmitam-lhe que é solicitada a sua intervenção na zona de comentários de sexta 31 no bar bragamaldita. Há por lá um bêbado a fazer desacatos.
Caro El Salvador:
Não advogo mais trânsito para a cidade de Braga, nem tão pouco mais áreas pedonais. O resultado é aquilo que temos.
Qualquer cidade europeia da dimensão da nossa, não sofre das mesmas patologias. Porquê? Porque existem verdadeiras políticas de planeamento e ordenamento urbanístico, que são feitas em função das necessidades das cidades e não em função da vontade dos construtores civis.
Neste momento, estou numa pequena cidade europeia, da dimensão de Braga, tanto em área como em habitantes.
O centro histórico, quase todo ele pedonal (só de dia), está quase todo ele habitado. As pessoas fazem compras no comércio local, pois os hipers, ficam a cerca de 10 km da cidade. Quando vão às compras, não andam mais que 3 minuts com os sacos na mão, o que não acontece em Braga.
Tudo isto porque existe, planeamento, ordenamento e acima de tudo, regras a cumprir.
Qualquer semelhança com Braga.... não existe.
Cumprimentos
Eu sei que não existe semelhança com Braga em lado nenhum. A questão que ponho é o que fazer com Braga?
Demolir tudo e fazer uma cidade semelhante a essa que descreve não me parece possível. Assim sendo temos que equacionar soluções função do que temos.
Centro cultural no S. Geraldo. Eu moro em Lamaçães, vou a pé, de autocarro ou de metro?
Não vou, obviamente.
Eu moro em Barcelos. Centro cultural no S. Geraldo?
O carro ou fica no campo da hortas, ou perto da Sra-a-branca. Como sempre.
Demolir tudo e fazer uma cidade semelhante a essa que descreve não me parece possível....
Claro que não, pois Braga é Braga e há que procurar a solução mais adequada para cada situação.
Em Braga estamos habituados a ver soluções adequadas aos interesses dos construtores civis. É evidentes que estes interesses nem sempre (quase nunca) servem a cidade.
Quanto a demolições, o tempo parece encarregar-se de as fazer. Infelizmente são pedaços de história que desaparecem sem deixarem rasto.
Não me chocaria se propusessem a demolição de construções como o shoping Stª Cruz, por exemplo.
No entanto, outras demolições são necessárias, mas tem a ver com demolições de mentalidades, de cultura. É isto que faz falta em Braga.
Não podemos resgatar o que foi destruído, mas está ao nosso alcance, evitar que estes atentatos se perpetuem.
Cumprimentos
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