Jornal "O Público", 06/10/09
Ricardo Rio recebe banho de multidão num comício à chuva
Candidato da coligação PSP/CDS/PPM classificou como histórico o comício de ontem. BE acusa Mesquita Machado de ter impedido sessão no Theatro Circo
Debaixo de chuva incessante, Ricardo Rio recebeu ontem um banho de multidão, no arranque para a última semana de campanha autárquica em Braga. A tenda gigante colocada no centro da Avenida Central foi pequena para toda a gente que se juntou ao comício da coligação PSD/CDS/PPM. O candidato à câmara fala num "momento histórico de libertação" da cidade.
A organização garante que estiveram perto de 3000 pessoas na Avenida Central. Alguns estariam ali para ver Quim Barreiros, o artista popular que cantou antes e depois dos discursos políticos, mas a enchente foi também política. "Não há memória de um comício assim em Braga", não se cansou de repetir o líder da concelhia social-democrata João Granja.
Rio também se referiu a um momento histórico: "Foi um testemunho claríssimo de que Braga quer mudar." O principal opositor de Mesquita Machado nas eleições de domingo relacionou mesmo a enchente da principal artéria da cidade com a política seguida pelo autarca do PS. "Não seria assim se tivesse feito o seu trabalho durante 33 anos", sublinhou. O líder da coligação Juntos por Braga apelou também ao eleitorado da esquerda, afirmando que só o voto na sua candidatura significará o fim da presidência de câmara do histórico líder do município.
Apesar de ter feito um discurso num registo mais inflamado do que é habitual, Ricardo Rio voltou a fazer as promessas que têm sido recorrentes ao longo da campanha: a criação de um parque da cidade, nas proximidades do Estádio 1.º de Maio, a renovação do Campo da Vinha e a criação de um programa de arrendamento jovem no centro da cidade.
A organização garante que estiveram perto de 3000 pessoas na Avenida Central. Alguns estariam ali para ver Quim Barreiros, o artista popular que cantou antes e depois dos discursos políticos, mas a enchente foi também política. "Não há memória de um comício assim em Braga", não se cansou de repetir o líder da concelhia social-democrata João Granja.
Rio também se referiu a um momento histórico: "Foi um testemunho claríssimo de que Braga quer mudar." O principal opositor de Mesquita Machado nas eleições de domingo relacionou mesmo a enchente da principal artéria da cidade com a política seguida pelo autarca do PS. "Não seria assim se tivesse feito o seu trabalho durante 33 anos", sublinhou. O líder da coligação Juntos por Braga apelou também ao eleitorado da esquerda, afirmando que só o voto na sua candidatura significará o fim da presidência de câmara do histórico líder do município.
Apesar de ter feito um discurso num registo mais inflamado do que é habitual, Ricardo Rio voltou a fazer as promessas que têm sido recorrentes ao longo da campanha: a criação de um parque da cidade, nas proximidades do Estádio 1.º de Maio, a renovação do Campo da Vinha e a criação de um programa de arrendamento jovem no centro da cidade.
Duas horas antes, o Bloco de Esquerda tinha assinalado o 5 de Outubro com uma sessão política que chegou a estar prevista para o Salão Nobre do Theatro Circo (TC). A chuva obrigou os bloquistas a realizarem a acção de campanha no auditório da Junta de Freguesia da Sé, mas antes do seu início os candidatos aos órgãos autárquicos de Braga, acompanhados por Fernando Rosas, estiveram em frente à sala de espectáculos da cidade, criticando a administração do teatro e a Câmara de Braga. "Nem Salazar conseguiu impedir que aqui se realizasse uma acção política da oposição democrática em 1961", lembrou João Delgado, cabeça de lista do BE, acrescentando que a sala foi historicamente palco de comícios, antes e depois do 25 de Abril. "Só Mesquita Machado impediu que aqui se fizesse política", lamentou.
O Bloco não se conforma com as justificações encontradas pela administração do TC para recusar ceder a sala para acções políticas, afirmando que acções desse tipo só não serão suficientemente nobres para uma sala de espectáculos para quem defende "uma política de favor próprio" como o actual presidente.
Samuel Silva
Jornal de Notícias, 06/10/09
Coligação com Quim Barreiros e Bloco sem Circo
Última semana de campanha arranca comcomício festeiro e críticas ao fecho do Theatro à política
A coligação "Juntos Por Braga" e o BE agendaram para o arranque da última semana de campanha para as Autárquicas manifestações públicas de apoio, num dia em que a chuva apareceu em força. Choveram críticas e promessas.
Onde está Quim Barreiros está sempre muita gente. É disto que o povo gosta e é isso que o povo tem. O cantor popular foi o mestre-de-cerimónias do comício que a coligação "Juntos Por Braga" (PSD/PP/PPM) realizou, ontem à tarde, em pleno centro da cidade, numa tenda montada para o efeito. A espera de mais de meia hora foi entretida com a distribuição de bandeiras e t-shirts. Aliás, os grandes protagonistas da campanha bracarense são mesmo os brindes. Não é raro ver pessoas com as bolas e os sacos de compras distribuídos pela candidatura socialista numa mão e as t-shirts de Ricardo Rio na outra. Curiosamente, o laranja e o rosa foram colocados na prateleira e é o azul e branco que impera nos dois lados da barricada.
Apostando "numa nova energia e numa nova liderança", Rio lá foi falando para o povo que o interrompia, com cânticos e palavras de ordem, bastantes vezes. No meio do espaço coberto criado de propósito para o comício, havia quem fosse comendo e bebendo."Ainda vamos ter mais Quim Barreiros", ouvia-se. O candidato voltava às ideias e às promessas que tem apresentado ao longo da campanha e as pessoas reagiam. No entanto, o entusiasmo cresceu ainda mais com o regresso de Quim Barreiros. As pessoas que tinham saído voltaram para o espaço, dançando e cantando e a festa. E ficaram a ouvir o "Mestre de Culinária", a "Picada de Enfermeiro" e o "Peixe" a serem entoadas.
A coligação "Juntos Por Braga" e o BE agendaram para o arranque da última semana de campanha para as Autárquicas manifestações públicas de apoio, num dia em que a chuva apareceu em força. Choveram críticas e promessas.
Onde está Quim Barreiros está sempre muita gente. É disto que o povo gosta e é isso que o povo tem. O cantor popular foi o mestre-de-cerimónias do comício que a coligação "Juntos Por Braga" (PSD/PP/PPM) realizou, ontem à tarde, em pleno centro da cidade, numa tenda montada para o efeito. A espera de mais de meia hora foi entretida com a distribuição de bandeiras e t-shirts. Aliás, os grandes protagonistas da campanha bracarense são mesmo os brindes. Não é raro ver pessoas com as bolas e os sacos de compras distribuídos pela candidatura socialista numa mão e as t-shirts de Ricardo Rio na outra. Curiosamente, o laranja e o rosa foram colocados na prateleira e é o azul e branco que impera nos dois lados da barricada.
Apostando "numa nova energia e numa nova liderança", Rio lá foi falando para o povo que o interrompia, com cânticos e palavras de ordem, bastantes vezes. No meio do espaço coberto criado de propósito para o comício, havia quem fosse comendo e bebendo."Ainda vamos ter mais Quim Barreiros", ouvia-se. O candidato voltava às ideias e às promessas que tem apresentado ao longo da campanha e as pessoas reagiam. No entanto, o entusiasmo cresceu ainda mais com o regresso de Quim Barreiros. As pessoas que tinham saído voltaram para o espaço, dançando e cantando e a festa. E ficaram a ouvir o "Mestre de Culinária", a "Picada de Enfermeiro" e o "Peixe" a serem entoadas.
Mais cedo e bem perto, em frente ao Theatro Circo, o BE chamou Salazar para a campanha. A proibição da Autarquia na realização de acções políticas naquela sala de espectáculos levou os bloquistas a lembrar o ex-ditador. "Já naquela altura, tentou impedir a realização de manifestações políticas nesta sala e não conseguiu", realçou João Delgado, Em frente da porta de entrada um cartaz comparava "a atitude salazarista com a atitude mesquinha".
O candidato do BE aproveitou para lembrar a frase de Humberto Delgado ("obviamente, demito-o") e prometer "demitir as políticas de Mesquita Machado". Depois, os bloquistas partiram para uma sessão pública com Fernando Rosas e onde a música de Zeca Afonso pincelou as intervenções. Sem bolas nem t-shirts.
Pedro Antunes Pereira
6 comentários:
De facto é bastante difícil de concluir qual dos dois jornalistas é que foi 'premiado' com umas notas valentes do social-mesquitismo...
Esse Pedro Antunes Pereira é sabujo. Foi comprado de certeza.
Este gajo do JN fez a crónica por encomenda e sem ir ao local de certeza! É que aconteceu tudo precisamente ao contrário do que diz! Depois do discurso do RR a tenda ficou quase vazia, praticamente só com pessoal da coligação, por isso as pessoas dançaram... não ouvi ninguém a perguntar pelo quim. Comer lá, se calhar havia uma pessoa! Há cada jornalista! Se fosse da coligação e visse por lá este senhor nas acções de campanha simplesmente era convidado a ir-se embora!
Como eu gosto de ler estes comentários após as eleições...
Eu nada tenho a ver com o PS, mas a minha opinião é esta: Como é possivel quererem fazer comicios numa Sala de "excelência" como é a do Theatro Circo!???
- E quem respondia pelos actos vandalismo que pudessem surgir???
- Só mesmo quem não tem sentido de responsabilidade é que concorda com os comicios naquela sala espectaculos!- Enfim! só mesmo do BE e CDU. Depois ainda fazem comparações com Salazar!...
Para quem defende os casamentos(??de homossexuais, está tudo dito! e a adopcção crianças por estes, nada mais é preciso explicar!!!
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