28 janeiro, 2011

Fui à bola, imaginem......Vi os Vândalos de claques do SCBraga, a criar desacatos num jogo que não lhes dizia respeito

Ontem, fui à bola ao histórico 1º de Maio.

Um amigo convenceu-me a ver este jogo histórico entre a equipa amadora de Merelim e os profissionais de Guimarães.
Chegamos atrasados ao estádio e foi bonito ver aquela moldura humana que enchia a bancada poente. Merelim foi em peso ao futebol, famílias inteiras estavam lá, dando alegria e côr ao espectáculo a partir das bancadas.

Do outro lado, na bancada nascente, aquilo mais parecia um campo de concentração, com o espectáculo deplorável das claques de Guimarães que se deslocaram ao 1º de Maio, entoando cânticos:
- filhos da puta SLB (perguntei ao meu amigo o que significava SLB e ele lá me disse que era a sigla do Benfica).
- Braga é merda, Braga é merda….
Mas afinal, o que é que o Benfica e o Braga tinham a ver com este jogo? Pelos vistos o Braga até já tinha sido eliminado da taça…

As gentes de Merelim, nada têm a ver com estes clubes, mas enfim, pelos vistos, essa jagunçada que faz parte das claques é como os papagaios: fora das frases decoradas e na ausência de droga na cornadura, nada mais sabem dizer.

Eis que a meio da 2ª parte, um grupo de vândalos com aspecto deplorável (daqueles que usam arganéis no focinho e brincos nas sobrancelhas) entrou para estádio, avançando o muro na parte sul, perante o olhar permissivo e complacente dos polícias que se encontravam no local. Estes nada fizeram.
Eram cerca de uma centena, nunca vi tanta jagunçada junta. Avançaram uns atrás dos outros em procissão junto à vedação, em poses deploráveis e provocadoras. Perguntei se este tipo de gente vinha toda de Merelim. Mas não, estes são membros de uma das claques do Braga, chamada “Red Bois” acho que é esse o nome…

Ao passarem na junto à cabine do Guimarães, arremessaram para o campo uma série de objectos, entre os quais bolas de golfe. Com que intuito, se o clube deles nem sequer estava a jogar?

Vim a saber que estas atitudes são puníveis com multas elevadas, mas quem as paga é o clube de Merelim e não o Braga e muito menos esses jagunços…..

Mas isto não ficou por aqui. Quando os adeptos do Guimarães se preparavam para o regresso a casa, eis que estes vândalos das claques do Braga, apedrejaram os autocarros, causando prejuízos consideráveis

Ainda bem que as gentes de Guimarães sabem muito bem que foram os adeptos do Braga e não as gentes de Merelim que perpetraram tais actos. No entanto, em termos disciplinares, paga o justo pelo pecador…

Vi o sentimento de revolta de muita gente e houve mesmo uma senhora que desabafou em voz alta: Era passar lá um avião, regá-los a todos com gasolina e, chegar-lhes fogo, acabava-se com o mal...”

Hoje é público que as claques são do pior que existe na sociedade portuguesa em geral e no futebol em particular. São um antro de degradação social, de tráfico de drogas, de vandalismo, de tudo que de pior possa existir.
Vemos frequentemente as forças policiais a proteger as claques, perdão, esta corja de jagunços, quando se dirigem para os estádios.
Os clubes dizem que não as apoiam, mas cedem-lhe lugares cativos nos estádios e bilhetes a preços mais baixos.

Em Braga, até tiraram as cadeiras do estádio novo para os meter lá como animais todos amontoados uns nos outros.
Agora não me venham para cá argumentar que as claques dão força aos clubes, dão colorido aos jogos (só se for o colorido que só eles vêem devido à ingestão de substâncias psicotrópicas).

As claques, tal como as vemos, são do pior que temos na sociedade, são dos ambientes mais degradados que conhecemos.
Se não se sabem comportar como gente civilizada, porque é que os deixam entrar nos estádios e porque é que lhe dão estas benesses todas?
Responda quem souber.

11 janeiro, 2011

Eurodeportado em Bruxelas, Miguel Portas falando sobre o dinheiro dos deputados



Independentemente da idiologia política, os valores fundamentais de respeito pela sociedade e pelo próximo devem ser assegurados.

10 janeiro, 2011

Ainda bem que Alegre não visitou o Chile de Pinochet

Ainda bem que Manuel Alegre só visitou uma vez a Coreia do Norte de Kim il-Sung, em 1969, numa demonstração de solidariedade internacionalista.
Ainda bem que na Coreia do Norte “só” morreram dois milhões de pessoas de fome no final dos anos 90 e que “só” há uns 200 mil presos políticos, menos de um por cento da população.
Era muito mais grave, e imaginem o que não se diria, se Alegre tivesse ido ao Chile de Pinochet, pois o bárbaro de Santiago matou com o seu golpe umas 3000 pessoas, o que não tem perdão. Mas não foi.
E entretanto deixou de gostar da Coreia do Norte, o que se saúda. Isto apesar de lá não haver “mercados”. (Jósé Manuel Fernandes)

08 janeiro, 2011

a propósito de um PPS que circula na net (II)


A propósito da postagem anterior, recebi de um amigo bracarense o seguinte esclarecimento, à provocação que lhe foi lançada. O Chico decidiu meter mãos à obra.

Caro Zé de Braga:
São várias as formas para ver esta estátua. Mas vou começar pelo acessório (simbolo do nosso blogue) que é tudo quanto a envolve.

1. É normal que a data que lá está para o arcebispo seja colocada assim: é o período em que foi efectivamente arcebispo na Sé, não representa o homem, mas o arcebispo.

2. Raul Xavier morreu em 1964... e o cuidadoso autor à crítica das datas “não percebeu” que a estátua apareceu quase 40!!! anos mais tarde. Não há dúvida que se há provas de vida após a morte, esta é uma delas... (a estátua ao Santos da cunha, também teve uma espécie de quarentena durante muitos anos e a do Cónego Mego promete seguir o mesmo trajecto).

3. Quem terá sido então o “escultor”? Procure-se outro monumento patrocinado pelo Cabido e que teve a complacência do então IPPAR, o Monumento aos Arcebispos, no Rossio da Sé, e compare-se o estilo de ambas as peças. Lamento e muito que o autor deste PPS, que foi cuidadoso na iconografia e nas dimensões de certas partes da estátua, não tenha sido capaz de a analisar do ponto de vista estético. Aliás valorizou-a imenso ao colocá-la ao lado da magnífica pintura de Piero della Francesca, que se não é a que está no Museu de Arte Antiga é dessa série. Não escondo que do ponto de vista artístico, a esta estátua eu apenas posso atribuir a nota 0 (ZERO)!!!

4. “Autarquia promotora da iniciativa”. Não há ninguém em Braga mais crítico da autarquia do que eu, mas esta afirmação não é verdade. O promotor foi o deão da Sé de Braga, Cónego Eduardo Melo; a autarquia foi avisada mas fechou os olhos, foi totalmente complacente como era, aliás, em tudo quanto tocava este homem. O Pres da Câmara e o cónego estiveram juntos, por exemplo, nos órgãos sociais do Sporting de Braga, etc... ... ...

5. Pressões houve muitas, mas sobretudo para retirar a peça do local onde originalmente a colocaram, exactamente o Largo D João Peculiar, junto à Sé. Posso dizer-te que sem conhecer a estátua eu estive no centro delas, movimentei-me por aqui e acolá, etc., etc. Depois conto-te que demora tempo.

6. E lamento também que o autor deste PPS não tenha visto que esta peça é uma mais valia para Braga pois não há melhor exemplo em Portugal e, quiçá na Europa de uma estátua votiva aos cultos da fecundidade! (qual cheque bébé......) Na Índia há Kajurau, onde já estive e visitei os templos ditos do Kama Sutra, (séc. XII?), por isso não digo no mundo. Se Braga foi a mais imptt cidade romana no espaço português e uma das 5 mais importantes da Península, chegando mesmo um poeta latino, Ausónio (séc. III), a colocá-la entre as cidades ilustres do mundo romano daqueles tempos, e se o culto da fecundidade foi muitíssimo praticado pelos Romanos, porque é que Braga há-de renegar esse período áureo da sua história e não o há-de recrear? Temos que ver a coisa por aí. E não é preciso invocar que estamos em democracia!

7. Aliás, neste momento em que o dinheiro não abunda, vocês veriam que se retirassem a estátua ou a amputassem do que tem mais significativo haveria imediatamente fortes queixa dos proprietários das lojas ao lado. É que são tantas as pessoas que lá vão, sobretudo moças para tirar fotografias ao lado e nas mais diversas poses (simplesmente a olhar para ela, a afagá-la de diferentes maneiras, a beijá-la, etc.) que aquelas lojas comerciais iriam ter uma queda significativa nos seus negócios .

8. Aliás, e também, esta “estátua” é já uma embaixadora de Braga. Lembro-me que quando o Ronaldo esteve em Manchester e organizou uma orgia, actividade que saiu na penúltima página do jornal “A Bola”, disse-se que o jogador deveria ser tão dotado quanto o arcebispo de Braga e mostrou-se uma foto da estátua. Ou seja, publicidade gratuita, o que não é de perder em tempos de forte crise, à cidade e ao culto da fecundidade.

9. Neste momento em que se baixou o o valor do “abono de família” esta é uma forma de incentivar que as pessoas continuem a ter filhos. Deve ser por isso que a Igreja a aceita tão bem naquele local, num mesmo largo onde estão 2 igrejas e uma capela, um seminário e um museu da Igreja.

10. Por todas estas razões e por muitas outras que agora omito pois já perdi demasiado tempo com ruim peça, eu concluo: quem fez este PPS foi um homem que estava cheio de inveja, o que ele tem e o que ele bem gostaria de ter é fácil de perceber, não é preciso uma régua, deve ver-se a olho nú, e só não se vê porque ele tem vergonha de a mostrar
ou seja:
deixem o ARCEBISPO-PIROCA em paz!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

e por aqui me fico
Chico

a propósito de um PPS que circula na net (I)

Um cajado peculiar

(Autor desconhecido)

Numa praça da zona histórica de Braga, exactamente em frente à Igreja de São Paulo, ergue-se um modesto monumento a um dos primeiros arcebispos da cidade, D. João Peculiar.

Foi amigo e conselheiro de Afonso Henriques naquele conturbado período da fundação de Portugal (1142). Deve ter sido a pessoa mais importante a seguir ao monarca, pois foi ele quem colocou na cabeça de Afonso a coroa de primeiro rei de Portugal, na cerimónia que terá decorrido nas Cortes de Lamego.

Não conheço o pretexto, mas exactamente 828 anos depois da sua morte, a cidade de Braga pretendeu prestar-lhe uma homenagem. Vai daí encomendou ao escultor Raul Xavier uma estátua em corpo inteiro e tamanho real que simbolize o afamado arcebispo. “Simbolize”, digo eu, pois não há, de facto, nenhum registo fisionómico verídico em que se fiar; nem sequer de Afonso Henriques, que era o seu rei. O escultor, embora não se tenha deixado tentar pelas ousadias modernistas, decidiu, ainda assim, inovar declaradamente em matéria de iconografia religiosa.

Primeira inovação: a mitra ― aquele típico chapéu cerimonial de bispos e arcebispos ― é excessivamente pequena e, por isso, incaracterística. É mais comparável ao capacete de combate que as estátuas de Afonso Henriques costumam exibir.

Segunda inovação: o bispo é apresentado sem mangas, apesar de estar vestido com os paramentos episcopais completos: nisso também se assemelha aos retratos que fizeram do Rei Afonso. Se há coisa que dá nas vistas nas representações de bispos e outros dignitários da Igreja, ou da Corte, é a profusão de tecidos, brocados e rendas com que os cavalheiros posavam para o retrato. Era um sinal de estatuto

Terceira inovação: o estranho báculo que o clérigo ostenta com a mão esquerda. É sabido que o papel simbólico dos bispos na cristandade é o de serem os pastores de um rebanho de fiéis, e o atributo dessa função é o cajado, ou báculo. Habitualmente esse cajado tem um desenho característico que permite a sua rápida identificação, em pinturas e esculturas, ao longo dos séculos: costuma rematar-se, em cima, por uma forma espiralada, mais ou menos decorada. Assim foram sempre representados bispos, arcebispos e mesmo o Papa
Mas em Braga não. Em Braga trabalha-se e inova-se. O arcebispo Peculiar é representado com um báculo que se remata em cima por um genital masculino completamente óbvio. Uma pila enorme e mole!


Quando vi pela primeira vez esta escultura, logo imaginei o gozo que deve ter sido o acolhimento público quando ela foi inaugurada em Dezembro de 2003. Cartas e fotos aos directores dos jornais, clips nos noticiários das TVs, chacota da estudantada liceal e universitária, diligências discretas junto da autarquia, promotora da iniciativa. É que um seminário fica logo ali ao lado. Mas parece que nada aconteceu. Nem sequer os pintores de grafittis, activos em todo o lado, nem eles se lembraram de deixar a sua marca.
Só posso concluir que Portugal está muito diferente, sem capacidade crítica nem gosto pelo bom humor. Braga era antigamente conhecida como a mais conservadora e beata das cidades portuguesas. Com uma catedral com mais de mil anos, os seus seis seminários e numerosos conventos femininos, um cabido forrado de doutos cónegos e o título da Roma Portuguesa, a sua fama já vem de muito longe. Até o herói da “Relíquia”, de Eça, se referia com chalaça ao excessivo clericalismo da cidade dos arcebispos.
Por isso eu imaginava que esta escultura iria desencadear por parte do clero e das boas-famílias locais uma reacção ao “despudor do cajado”, ou uma algazarra de troça da parte mais jovem e descomprometida da sociedade. Nem uma nem outra. Nem deram por nada. Comem por bom tudo o que lhes ponham na frente.

Só para acabar: na placa de latão, onde se divulga, em letra de tamanho quase ilegível o nome do escultor, refere-se a data de nascimento de D. João Peculiar como se fosse em 1139, o que é um disparate, ou uma “inovação” do mesmo teor das outras acima referidas. Os livros sérios de História dizem que se desconhece a sua data de nascimento, mas que deve ter sido à volta de 1100. Não podia ter sido em 1139: de facto, em 1142, já Arcebispo de Braga, estava ele a coroar o Rei Afonso e é bastante improvável que o tenha feito aos três anos de idade. A menos que a data se refira ao período em que o prelado comandou a diocese, mas não são dadas mais explicações.

07 janeiro, 2011

O famoso azulejo de Toledo


Triste cena do Alegre

Alegre declarou no IRS os 1500 euros que recebeu do BPP

Director de campanha do candidato socialista admitiu à revista SÁBADO

Manuel Alegre «declarou no IRS de 2005 os 1500 euros recebidos pelo texto literário que realizou e que saiu no Expresso com a publicidade do BPP», avança a edição online da revista «SÁBADO» o director de campanha do candidato socialista, Duarte Cordeiro.

A mesma fonte disse à revista que Manuel Alegre «ainda não sabe se o cheque a devolver o pagamento do BPP foi levantado», ou seja, pode ter pago os impostos e ter devolvido o valor que recebeu pela publicidade.

Manuel Alegre foi confrontado esta quinta-feira com uma campanha publicitária do Banco Privado Português, na qual participou com um texto. Garantindo que não sabia que o objectivo era a publicidade, que não podia fazer por ser deputado, o candidato presidencial revelou que devolveu o cheque com o qual supostamente o banco lhe tinha pago. No entanto, enganou-se.

«Mais tarde mandaram-me um cheque e eu devolvi o cheque», disse esta manhã.

Já esta tarde, e depois de fonte ligada à anterior administração do BPP ter confirmado à TVI que Alegre nunca devolveu o cheque de 1500 euros, o candidato apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda admitiu o «lapso».

«Eles fizeram um depósito na minha conta e eu fiz um cheque meu, com o montante que tinha sido depositado, e esse cheque foi entregue pela minha secretária na sede da BBDO [agência publicitária que fez a campanha]», explicou à TSF.

Manuel Alegre garantiu que depois que ia verificar se o banco levantou o dinheiro