10 março, 2009

Repensar Braga, é urgente!


Longe vão os tempos em que o projecto Bragatempo, conseguiu pôr os bracarenses a discutirem a sua cidade em conjunto com diversos especialistas ligados essencialmente ao urbanismo.

Foram precisos quase oito anos, para que a cidade se mobilizasse de novo em torno de uma causa: “o futuro das Sete-Fontes”.

ASPA, JovemCoop e Junta de freguesia de S. Victor, conseguiram mostrar ao país em geral e aos bracarenses em particular, que a política da sua cidade precisa de ser repensada.

A esta iniciativa, juntou-se a blogosfera bracarense, dela fazendo eco antes e após a sua realização. A própria imprensa regional através do "DM" não ignorou este gesto. Os bloggers, sejam eles atentos, incontornáveis e sempre polémicos, insiders e algo enigmáticos, serenos, irónicos e mordazes, irreverentes e incorrigíveis e pertinentes, mostraram-se determinados em colaborar na divulgação deste tipo de iniciativas e em apoiar os bracarenses a exigirem o melhor para a sua cidade.

O património herdado dos nossos antepassados, seja ele arquelológico, arquitectónico ou cultural, tem sido delapidado a olhos vistos pela Câmara presidida por Mesquita Machado, perante a passividade da maioria dos cidadãos.

No final da Marcha e apesar da disponibilização pela organização, de transporte para o regresso dos participantes, a grande maioria preferiu regressar a pé, ao longo do magnífico complexo Eco-monumental das Sete-Fontes. Muitos dos visitantes, estavam lá pela primeira vez e não faziam a mínima ideia da imponência e importância deste complexo classificado como Monumento Nacional, que se encontra abandonado, ameaçado e condenado à sua completa descaracterização ou mesmo destruição.

Hoje, qualquer cidade digna do seu nome, tem orgulho em mostrar e preservar o património herdado dos seus antepassados. Braga, pelo contrário, tem privilegiado as obras imponentes do regime (à boa maneira de Sadam Hussein, Mobutu Sese Seko, Kim Jong Il, entre outros ditadorezinhos), em detrimento da preservação e divulgação da sua cultura.

Com esta marcha, os bracarenses disseram “basta a esta política de gestão ruinosa do património”.
Foi um verdadeiro exercício de cidadania, de democracia participativa, um gesto que não pode esmorecer.
É preciso acordar, antes que seja tarde.

4 comentários:

Anibal Duarte Corrécio disse...

E não há-de ser a última ! Quando os bracarenses tomarem o gosto não hão-de querer outra coisa. Guia de Marcha prá cambada !

Unknown disse...

Vocês são todos uns intelectuais da pi...
onde é que alguém conseguiria desenvolver Braga como nas últimas 3 décadas?
isso é que conta. Agora estar a defender meia dúzia de pedras e preferem isso ao hospital, é que não pode ser.
Se o Sr. Engº M.Machado se governa, ninguém consegue provar, pois ele não é parvo.
Vocês, Zé, Corrécio e Farricoco, é que andam a mando cada um do seu partido.

Anibal Duarte Corrécio disse...

Ó Sr. João mais tento na tecla. Para já não sou intelectual, mas cobridor. Intelectuais somos todos. Os que usam o intelecto. Intelectualóides é diferente : vá ao Avenida Central e encontra aí um exemplar que dá pelo nome de Pedro Morgado.Quanto ao resto, dou-lhe um desconto : o desafio está quase a terminar e você ainda mal começou...

Zé de Braga disse...

Sr João:
Este blogue não tem moderação de comentários. Assim e sempre que quiser dizer disparates desses, tem aqui um local para descarregar todas essas frustrações biliares.
Isto só para lhe dizer que o senhor fica mesmo muito mal na fotografia, quando pretende agradar ao seu patrãozinho (quase ex)