Por: Carlos Santos
Da mesma forma que surgiram protestos e notícias a criticarem/informarem, a actuação menos clara no caso do Prolongamento do Túnel, devemos louvar agora a "nova" conduta da UAUM ao publicar os trabalhos em curso no seu site.
http://www.uaum.uminho.pt/novidades/novidades.htm
Penso que a forma mais correcta de actuar passa pela publicação de:
-Plano de Trabalhos (antes do inicio dos mesmos)
-Publicações Preliminares (do decorrer dos mesmos)
-Relatórios Finais (com o plano inicial, as alterações efectuadas devido aos novos achados, todas as intervenções realizadas, todos as escavações efectuadas e acompanhadas pelos arqueólogos, o material arqueológico recolhido/encontrado, o diferente tratamento dados aos respectivos achados, etc…)
Através dos dados agora publicados, podemos observar que importantes estruturas vão ser musealizadas "in situ", mantendo o valor patrimonial que o Complexo global das mesma representa. (Fonte do Ídolo, Via Romana XVII, Edifício Romano provavelmente ligado ao culto Religioso, Conjunto de Sepulturas)
É uma enorme mais valia para o Município e para o País, facto que devemos ao trabalho profissional da UAUM e à boa vontade da Empresa que detém o Antigo Quarteirão dos Correios.
Ao contrário do que se passou no Prolongamento do Túnel onde a CMB, que devia ser a maior interessada no património, e mais uma vez o desvalorizou... (Templo/Edifício Romano de grande dimensões)
Se as Sete Fontes já estivessem entregues à UAUM, penso que todos os cidadãos interessados estariam mais “descansados”, do que a terem Arqueólogos despedidos quando cumprem o seu trabalho de forma profissional. De referir que a UAUM já propôs esse alargamento, sem ter conseguido, por caso do actual executivo da CMB, se não estou em erro.
Esta conduta da UAUM merece a devida atenção por parte dos cidadãos mais interessados, e por parte da impressa, uma vez que se trata de uma forma de actuação que promove a transparência, num país onde o segredo parece imperar.
Carlos Santos
12 comentários:
Ainda que o Carlos Santos queira fazer uma lavagem de cara à UAUM, irei apresentar em breve dois factos:
a) - Que a UAUM continua a ser vitima dos empreiteiros e não reforça a posição da arqueologia bracarense;
b) - Que a UAUM teve oportunidade de aferir o potencial patrimonial das Sete Fontes,mas que por duas vezes já se alheou do processo:
1 - Quando houve trabalhos de prospecção arqueológica e o resultado final foi de que não haviam encontrado NADA (curiosamente agora encontra-se muita coisa)!
2 - Quando o arqueólogo Fontes ia viabilizando um projecto de construção do ISAVE que ia dando cabo das Sete Fontes,ainda mais que o Hospital.
Mas em breve exporei aqui todos os factos!
Batalharemos com as armas que temos!
Batalharemos com as armas que temos !
Juizinho sr. Duartinho...Veja lá naquela em que se mete.
Eu não quero lavar a cara de ninguem! :)
Apenas acho que houve uma "mudança" muito positiva, que é a de publicar o decorrer dos trabalhos, e como já referi o ideal seria publicarem que plano de trabalhos estão previstos mesmo antes de começarem as intervenções.
Porque assim tudo se torna mais claro, onde são feitas as sondagens, o que se encontrou,... tudo muito mais transparente, e assim podemos perguntar por exemplo:
-Se fosse a X descoberta porque não fizeram Y novas sondagens.
-Se face a X descoberta porque não fizeram Z modificação no projecto inicial.
Etc...
Agora com isto não quero dizer que a UAUM é perfeita... Apenas vou "julgando" os acontecimentos, e este sinceramente acho muito positivo. Tal como no passado critiquei e existem muitos pontos que critico a UAUM, os quais já enviei em email, mas não obtive resposta...
Quanto ao ultimo ponto que referi, termos a UAUM nas Sete Fontes ou Arqueólogos nas "mãos" das construtoras...
Srs. Carlos Santos e Duarte de Armas:
- Se a ética profissional imperasse e se os arqueólogos mostrassem publicamente a sua credibilidade, certamente que teríamos os empreiteiros nas mãos do arqueólogos e não o contrário como se verifica em Braga.
Saudações
Houve um Arqueólogo que o demonstrou, e teve o apoio psicológico do IGESPAR, mas protecção pura e dura nem vê-la...
Nenhuma entidade ou pessoa está acima do escrutínio público. As questões colocadas nos blogues podem em muito contribuir para esclarecer problemas pendentes. Por isso não concordo com o comentário de Ana Galvão.
Para mim e em última análise o meu desejo é que cada vez mais bracarenses e residentes em Braga se interessem pelo valioso património arqueológico que jaz no subsolo da cidade de Braga e nos seus arredores.
Por exemplo as obras na zona do Liceu de Sá de Miranda estão a ser acompanhadas? Bem perto fica a Igreja de S. Vicente e junto passava a VIA NOVA para Asturica.
Está prevista, tanto quanto sei dos jornais, a recuperação do vale do Rio Este. Trata-se de uma oportunidade excelente para se verificar a hipotética existência de equipamentos antigos, romanos e medievais, ligados ao aproveitamento da energia hidráulica ou explorações agrícolas.
Acho muito bem que se investigue todo o processo das Sete Fontes, mas entretanto as máquinas, na obra do Novo Hospital, circulam todos diariamente sobre as galerias (diz-se que foram descobertas mais, não assinaladas na classificação) e pouco se sabe sobre as medidas de protecção e os estudos em curso.
As ruínas do Canto sudeste do quarteirão são de extremo interesse patrimonial e científico. Faço votos para que sejam efectivamente musealisadas e não aconteça o mesmo que se verifica com a Insula das Carvalheiras.
Francisco Sande Lemos
Caro S. Lemos;
Não ligues ao que disse a tal ANA, aquilo já é o estrebuchar de moribundo.
Acompanho o Sr. Martinho no seu comentário e não vou ao próximo post do Zé de Braga para não ferir susceptibilidades
De facto, creio que se poderia especular sobre as actuações/intenções da UAUM.
Sou forçado a concordar com o meu caro colega Duarte de Armas, porque, esperando pela sua exposição dos factos, creio que se perceberá o jogo monopólio efectuado entre CMB e a UAUM.
É que é de tirar o chapéu ao grupo Regojo por musealizar os vestígios romanos dentro do seu edifício comercial, mas será que esta musealziação tem já tambe´m um acordo de manutenção? É que se não vai acontecer o mesmo que o balneário pré-romanizado da estação de Caminhos de Ferro, ou as Frigideiras do Cantinho. No primeiro caso vê-se a negligência dos proprietários do sítio porque não há indicações até ao sítio e o monumento está constantemente sujo. Quanto às Frigideiras do Cantinho, estas têm os vidros tão riscados que não se consegue perceber nada do que se tenta vislumbrar.
De qualquer forma, chamo a atenção para o pormenor: É fácil solicitar ao grupo Regojo que musealize porque tem dinheiro para investir. O mesmo não se passou com a UAUM a fazer a mesma indicação à CMB. A CMB também podia ter musealizado, em corte os vestígios no túnel e nem por isso a UAUM o solicitou. Limitou-se a tapar, sem perceber o que tinham encontrado.
Quanto ao Hospital, é provável que a pressão seja idêntica, isto é, talvez depois do despedimento do arqueólogo, a UAUM esteja à espera de ser convidada a intervir naquele sítio. Pode ser é que quando o fizer, jánão haja nada mais para encontrar.
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Abs,
Samuel
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