15 agosto, 2009

PROT-N em discussão

Como é do conhecimento público, o PROT-N está em discussão, como entendo que a actuação da CCDR-N desde que existe tem sido altamente prejudicial principalmente no que diz respeito a Braga, mas também em relação ao seu Distrito e à consolidação urbana do triângulo definido por Braga-Famalicão-Guimarães, vou comunicar através de email, todos os pontos que entendo errados no PROT-N publicado, pontos esses comunicados à entidade competente, através do site disponibilizado para a discussão do PROT-N.

Sabendo que o PROT-N é um elemento fundamental para a Região e em específico para Braga, na definição de prioridades dos projectos que poderão receber dessa forma o apoio dos fundos comunitários, não entendo como o tratamento tão prejudicial que já ocorre desde os primeiros quadros de apoio comunitário e se perpetua neste novo PROT-N, não faz parte da agenda política e ainda não mereceu qualquer posição pública por parte dos candidatos à CMB.

Posto isto, aqui fica o primeiro ponto:

Discordo da definição da Rede Viária Estruturante de Articulação Externa (RVEAE), que está ilustrada na figura 2 (PROT-N - ACESSIBILIDADES-APB.pdf)
http://i245.photobucket.com/albums/gg64/karlussantus/PROT_NLigaesregionaisexternas.jpg

-Por vários motivos o troço BRAGA-CHAVES, dum IP BRAGA-CHAVES-Bragança (BCB), é a RVEAE e não o troço IC5, “Fafe-Vila Pouca de Aguiar”.

-O nível de prioridade e importância foi portanto invertido, e só a ignorância ou a intencionalidade permitiram que assim o fosse.

Este ponto está totalmente errado, pelos seguintes motivos.

Articulação externa e nível regional:
O “IP BCB”, a nível regional permite a ligação de 3 sedes de Distrito (quando o PROT-N decidir finalmente ligar Viana-Braga capitais de Distrito que distam 30km e não têm ligação directa, referem o IP9 como ligação, que é uma ligação pior do que recorrer à A28 através da A11) e também a importante centralidade da cidade Chaves, serve portanto aquele que sempre foi o principal eixo de transição Litoral Norte-Interior Norte logo a seguir ao eixo servido pelo IP4, sendo também o traçado mais eficaz para o fazer, ficando em continuidade com as Vias existentes em Espanha, ao contrário do troço do IC5 em questão.

Articulação interna e nível local:
Ao contrário do troço do IC5 que não está em conformidade com as Áreas de Influencia (AI) para funções muito especializadas, definidas pelo INE em 2004, o IP BCB fica em concordância com as IMPORTANTES AI de Braga (até Montalegre-Boticas(MB)), de Chaves (de MB até ao fim do seu município e de Vinhais), de Bragança (desde Chaves-Vinhais até à zona da cidade), este facto pode ser comprovado pelo estudo do INE do qual deixo a seguinte imagem.
http://i245.photobucket.com/albums/gg64/karlussantus/AIfreguesiasBraga.jpg

Resumindo, a possibilidade de execução de um eixo praticamente directo de Viana-Braga-Chaves-Bragança, tem que ser considerada prioritária ao eixo do IC5, porque no âmbito Local, Regional, e Externo é sem qualquer dúvida mais importante, e porque equilibra o Norte Litoral, demasiado centralizado no Grande Porto, onde o eixo através do IC5 mais uma vez irradia do Grande Porto pela A7. Ao nível local este eixo serve também de forma muito mais eficaz os movimentos diários e os movimentos pendulares, do que o IC5 construído.
Resta concluir que no caso particular de Braga, o PROT-N apesar de apregoar a importância como Cidade de Equilíbrio Regional, mais uma vez trata-a não como a principal centralidade do Norte, logo a seguir à AM Porto, mas como uma centralidade de pequena importância, atribuindo-lhe ligações fracas ou indirectas, para o interior, mas também para a restante região, como demonstrarei em emails posteriores.
Por: Carlos Santos

3 comentários:

El Salvador disse...

A cidade de equilíbrio regional de Braga ficou contemplada após o PRACE com a seguinte e única estrutura regional: ACT, Autoridade para as Condições do Trabalho. Também não possui delegações ou extensões para a subregião Minho da DREN, ARS, Direcção Economia ou Administração da Região Hidrográfica, Cultura, todas localizadas no extremo sul do Norte. Florestas, Agricultura, Estradas de Portugal, etc., a cidade de equilíbrio dirige-se a Vila Real ou Mirandela. O tratamento é tanto mais acintoso quando se constata que havendo já serviços de veterinária no Concelho a direcção regional foi para Guimarães e perdendo a DR Agricultura nem os serviços do Vale do Cávado aqui ficaram.

Se eu fosse estúpido diria que isto é desmontar completamente uma cidade.

Sr. Dr. Carlos Laje, ou lá como se chama o cara de emplastro:

QUE PUTA DE CIDADE DE EQUILÍBRIO REGIONAL É ESTA???????

Concordo consigo num ponto: No que a esta questão diz respeito tanto faz MM como RR. O silêncio é ensurdecedor!

Sem verdadeira Capital da Sub Região Minho a minha regionalização vai ser:

Uma região, Capital em Lisboa e menos 100.000 mangas de alpaca em Lisboa, Porto e Coimbra. É pegar ou largar.

Este negócio é tão apetitoso e tão ao serviço das pessoas que um cartaz colocado em Coimbra por uma Candidatura Autárquica Independente tem por lema:

Regionalização Sim! Coimbra Capital.

Autárquicas isto? Elucidativo.

Diga-me lá o mail através do qual se pode insultar esta gente sem vergonha.

Anibal Duarte Corrécio disse...

Fede a ratos !

Anónimo disse...

é preciso paz e amor na luta pelo poleiro